Ao Sábado.
A Cidade é branca.
Os pombos dormem.
E os rebanhos não se vêm.
É uma cidade antiga.
Com restos de esplendores passados.
Conheço-lhe o corpo como meu.
Pequenas rugas espalhadas.
Musgos verdes.
A luz da quase madrugada a lamber-lhe os cantos.
Brilha no fim da chuva.
Com o frio da manhã nas pedras.
Cidade BELA.
Tão antiga como os tempos.
In principio erat verbum et verbum erat quad Deum et Deum erat verbum.
No princípio era o Verbo e Verbo era Deus e Deus era o Verbo.
Não.
O Livro Sagrado está errado.
No princípio eras tu.
Cidade.
Minha.
Linda.
Bela.
Azul.
Luminosa.
Meiga.
Colo de mãe.
Cidade.
Que te escondes e te deixas ver.
Só aos Sábados.
Quando os pombos dormem.
E a alma dói.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
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4 comentários:
teste
Que lindo! Vocë escreve muuuuito bem. Sorte sua querida ser assim de uma cidade acolhedora... Eu cá sou de uma cidade que amo, mas que é tão difícil de amar. É feia, é caótica, é violenta, é enorme, é cheia, é suja e poluida. É a cidade que aprendi a amar, sentimento que tenho que reaprender e reinventar todos os dias.
beijos, Graziela
teste
lindo.
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